Outras paixões já tive, em tudo iguais
Á que hoje a ti sem dó me mantém presa
Paixões como as não sentem os mortais
Como as não gera a pura natureza
Amei por montes de urze e vendavais
Já de um rio ensombrado, me fiz presa
Já meus filhos matei, já bebi mais
Do que a dose fatal de ópio e beleza
Em tempo atrás de tempo, era após era
Do esquecimento eu deixo o doce abrigo
E um novo corpo ofereço a nova ferida
Sabendo exactamente o que me espera
Que uma vez mais me encontrarei contigo
Pois tu és sempre o mesmo em cada vida